23 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em investigação que apura eventuais crimes contra o sistema financeiro, de lavagem de dinheiro, organização criminosa e sonegação fiscal
Desde o começo da manhã desta terça-feira (26), equipes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, com apoio de auditores da Receita Federal do Brasil, estão cumprindo 23 mandados de busca e apreensão em Florianópolis, Itajaí, Garopaba, Imbituba, São José, Criciúma, Urussanga, em Santa Catarina, e Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, expedidos pela Justiça Federal, em investigação conduzida pela Procuraria da República em Criciúma, com apoio do Grupo de Apoio ao Combate ao Crime Organizado da unidade do MPF em Santa Catarina (Gaeco-MPF/SC) e da Assessoria de Pesquisa e Análise Descentralizada do MPF.
A investigação teve início em 2019, a partir de elementos que apontavam movimentação financeira atípica de empresa que atua no setor de câmbio. A apuração revelou a existência de diversas casas de câmbio que estariam operando de forma irregular, em vários municípios do país, em especial, no estado de Santa Catarina. Essa empresa teria movimentado, ao longo de cinco anos, mais de R$ 1 bilhão, volume financeiro incompatível como o faturamento declarado pela empresa, de cerca de R$ 7 milhões, em 2018. Também foram identificados depósitos em espécie, que somam milhões de reais, realizados por pessoas físicas, incluindo ex-funcionários da empresa, e que não teriam capacidade econômica compatível.
Além de crimes contra o sistema financeiro nacional, são investigados eventuais crimes de lavagem de dinheiro, de sonegação de tributos federais e de organização criminosa, praticados por pessoas vinculadas às empresas que estariam envolvidas com o esquema.