Costumo dizer, antes de tudo, que a leitura de livros é um exercício fundamental para adquirirmos a capacidade de entender o mundo ao nosso redor. A partir dela, nós nos tornamos capazes de formar uma opinião crítica acerca dos acontecimentos políticos e sociais da nossa era. Assim, evitamos, por exemplo, cair na armadilha das fake news.
As vantagens trazidas pelos livros são inúmeras. Eles nos estimulam a pensar, melhoram a nossa imaginação, enriquecem o nosso vocabulário. Acredito que a discussão acerca da conscientização política e social é construída principalmente por meio de três pilares: família, escola e livros.
Através do conhecimento transmitido pelos livros, as pessoas têm a oportunidade de entender o seu papel no espaço em que vivem. A leitura promove uma reflexão crítica e nos traz autoconhecimento. Ao estudar história, por exemplo, é possível entender como determinada sociedade se comportava no passado e como ela chegou até aqui. O livro nos dá a clareza do que não pode ser esquecido e não deve ser repetido. Leituras de obras de política ou histórica estimulam a construção de valores e princípios básicos para o convívio harmônico em sociedade.
A leitura de boas obras contribui para os leitores exercerem a cidadania e serem capazes de se tornarem agentes transformadores da sociedade ou do meio em que vivem – um indivíduo mais consciente de seus direitos e deveres agrega e ajuda na construção de um bairro, cidade e país melhor.
Por fim, afirmo que a leitura de bons livros estimula ainda a consolidação de valores essenciais para uma sociedade democrática. Ela é uma poderosa vacina frente à ignorância e à manipulação. Não é por acaso que uma ferramenta tão poderosa para a conscientização política e social das pessoas e para o bom exercício da cidadania como o livro seja desvalorizada, controlada e censurada por grupos e regimes autoritários.
*Eduardo Villela é book advisor e profissional com mais de 16 anos de experiência no mercado editorial.