Ao longo do ano passado, a Fundação Ulysses Guimarães, ligada ao PMDB, repassou 240 mil reais ao hoje secretário especial de Comunicação Márcio Freitas. No mesmo período, ele recebeu salário como assessor do então vice-presidente da República Michel Temer.
O valor, dividido em cotas mensais de 20 mil reais, foi pago à empresa Entretexto Serviços, da qual Freitas é sócio-proprietário. A fundação é comandada pelo diretório nacional da legenda e mantida com recursos do Fundo Partidário, constituído majoritariamente por verbas da União.
Na época dos repasses, Freitas exercia a chefia da Assessoria de Comunicação Social da Vice-Presidência, com um salário de 11,3 mil reais. A sua relação financeira com a Fundação Ulysses Guimarães aparece na prestação de contas anual do Fundo ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A lei 8.112/90, no entanto, proíbe os servidores públicos de participarem de gerência ou administração de sociedade privada, funções que Freitas afirma não ter exercido na Entretexto. (Folhapress)