Confesso que me esforço para ver os tais “sinais positivos” que a economia estaria dando sob o governo Temer.
Seria até compreensível que houvesse algum, pela expectativa de que o vice-presidente de fato fosse impor um corte violento dos gastos públicos, dos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários.
Mas não há nenhum.
Os índices de inflação de maio subiram muito, mas se poderia alegar que arrastavam, ainda, o período final do Governo Dilma onde, é claro, seu governo entrou em paralisia.
Mas começam a surgir os dados exclusivos do período Temer.
A primeira prévia do IGP-M, que apurou as variações de preço entre 21 e 31 do mês passado, ficou em 1,12%, contra 0,59% no mês anterior.
O IGP-10, com preços coletados entre dias 11 de maio e 10 de junho atingiu 1,42%, contra 0,60% no mês anterior.
Houve quedas, sim, mas insignificantes, nos preços ao consumidor – Índice de Preços do Consumidor da FGV dos primeiros dez dias do mês caiu de 0,64% para 0,59%, o que é nada perto diante dos reajustes de preços no atacado que terminará por desaguar no varejo.
Os níveis de consumo de produtos e serviços, igualmente, apresenta leves alterações, próprias do que está no fundo do poço.
Agora, Renan Calheiros “decretou” que medidas do Governo, agora, não podem aprovar decisões de médio e longo prazo.
E Temer vai continuar navegando sua canoa a espera que não venha de fora nenhuma marola que a sacuda ou que, aqui dentro, a generalizada oposição popular a chacoalhe.