Adrian Buchan fala sobre preocupação dos atletas com a poluição e as ondas do Rio de Janeiro.
Os tops da elite mundial já mostram certa preocupação com as condições do mar no Rio de Janeiro (RJ), palco do Oi Rio Pro 2016, terceira etapa do Championship Tour.
Em entrevista concedida ao site australiano Stabmag.com, Adrian Buchan – representante dos atletas no tour – falou sobre a poluição das águas do Rio e o potencial das ondas durante o evento.
“Penso que todos sabem que se tivermos mais um ano no Rio com ondas medianas e pessoas a ficarem doentes, provavelmente o evento não se realizará mais no futuro”, disse Ace. “Não é preciso ser um cientista para se ter noção disso. Não temos surfado ondas boas por lá, por isso, se é para competir em ondas fracas e com os surfistas ficando doentes, vale procurar outros lugares”, realçou o surfista australiano.
No ano passado, Buchan e os compatriotas Matt Wilkinson e Dimity Stoyle foram alguns dos atletas que ficaram doentes durante a etapa. “Algumas pessoas ficaram realmente doentes. Antes da minha bateria na terceira fase, estava muito tonto e mal conseguia sair da cama. Acabei por surfar, mas não estava sequer perto de me sentir 100%. Muitos outros surfistas passaram por essa experiência”, conta o australiano.
Ainda de acordo com a Stab, especula-se que nomes como Joel Parkinson e Kelly Slater não participem da prova. Porém, no momento os atletas aparecem entre os relacionados na primeira fase.
Outra grande preocupação é o vírus Zika. “Obviamente este é um evento lucrativo para o tour, com a quantidade de retorno gerado pela mídia e os inúmeros fãs que marcam presença. Acho que também poderá ter sido azar a situação do ano passado, talvez devido a uma tempestade que tenha deixado as águas sujas. Podemos encontrar exemplos disso em outras cidades ao redor do Mundo, onde às vezes isso também acontece, como em Bondi, Avoca ou Copacabana, na Austrália”, finalizou Ace.