Imagine ter sua música de estúdio ouvida por ninguém mais ninguém menos que Paul MacCartney, e mais, contar com o apoio de um compartilhamento no Twitter com milhares de seguidores. São poucos que tem essa sorte, também são poucos que fazem reinterpretações com excelência, sem perder a essência da música original e ao mesmo tempo a deixando interessante. Foi isso que fez o produtor americano Kerri Chandler com a música ”Nineteen Hundred and Eighty-Five” da banda Wings (também conhecida por Paul McCartney & Wings) ela foi uma banda de rock formada em 1971 pelo ex-beatle e permaneceu em atividade até 1981 atingindo bastante sucesso, embora tenha mudado constantemente de integrantes. Já Kerri, tem se mantido na vanguarda da cena eletronica dos EUA desde o início dos anos 90. Natural de Nova Jersey ele cresceu em meio a uma família de músicos de Jazz e seu pai foi um dos primeiros DJs a apresentar registros com origens no soul, disco e do New York underground, conhecido também como “Garage”. Kerri é o tipo de artista que não trabalha com holofotes, ele faz lançamentos específicos assim como toca em eventos pontuais.
Fazer bootlegs e edições de bandas famosas se tornou uma prática comum na dance music, em boa parte dos casos é uma forma de ganhar notoriedade quando está começando a se expor no mercado, porém não é regra, produtores já consagrados e estabelecidos frequentemente fazem retrabalhos de suas músicas favoritas, artistas que influenciaram suas carreiras, sendo uma forma de homenageá-los podendo assim colocar na pista em algum momento especial, desde que você não se beneficie financeiramente com isso, é claro. Foi com esse intuito que Timo Maas, Paul Woolford, James Teej, Tim Green e Kerri Chandler fizeram edições de Nineteen Hundred and Eighty-Five.