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Pesquisas recentes apontam que 78,8% das famílias estão endividadas no país

Puxados pelo cartão de crédito, endividamentos atrapalham a economia brasileira como um todo e impactam o poder de compra das famílias

O consumo das famílias é um dos motores da economia brasileira. A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), em relatório recente, estimou que o crescimento do emprego – o país apresenta a menor taxa de desemprego dos últimos 10 anos -, o aumento do salário mínimo e a inflação sob controle estimulem o crescimento dos gastos familiares. Em 2023, o consumo já havia crescido 2,3%, em relação a 2022, segundo o IBGE.

 

Situação do endividamento das famílias hoje

 

Por outro lado, o endividamento das famílias apontava um crescimento importante. Foram três meses de crescimento ininterrupto até maio de 2024, alcançando o patamar de 78,8%. Os dados são retirados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada mensalmente pela CNC, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.

 

Porém, no mês de junho, último mês avaliado pela pesquisa, o endividamento se manteve nos mesmos 78,8%, apontando certa estagnação. O número significa que mais de 70 milhões de pessoas no país estão nessa situação complicada: segundo a Serasa, só os brasileiros de 26 a 60 anos representam quase 3/4 desse total.

 

Estagnação no crescimento do endividamento é bom sinal

 

Um dos fatores que demonstra essa tendência de estagnação é a diminuição na procura por crédito, um sinal de que as famílias estão procurando fazer menos dívidas. Para o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, isso significa uma “preocupação com a inadimplência”. Do total das famílias consultadas para a pesquisa, 12% delas dizem não conseguir pagar suas dívidas.

 

Cartão de crédito está presente na maioria dos casos

 

Enquanto isso, o número de famílias que se consideram “muito endividadas” caiu 0,6 ponto percentual. O número de famílias “pouco endividadas” aumentou em 0,6 ponto percentual, por sua vez. O cartão de crédito é apresentado como um dos principais vilões do endividamento: sua participação é encontrada em 86,4% do total das famílias entrevistadas.

 

Dívidas comprometem parte expressiva do orçamento

 

Para pouco mais de 1/5 das famílias, os compromissos abocanham mais da metade do seu orçamento, enquanto quase metade delas possuem compromissos em atraso superior a 90 dias. O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, afirma que “para conseguir ter melhor controle financeiro, as famílias contam com prazos mais longos para pagamento das suas contas”.

 

Programas governamentais buscam aquecer economia

 

Iniciativas governamentais tiveram papel importante no auxílio ao pagamento de dívidas, principalmente entre as famílias que ganham até dois salários mínimos ou que participam de programas sociais. É o caso do Desenrola Brasil, que atingiu uma redução de 8,7% na inadimplência em pouco mais de um ano. Para o secretário de Reformas Econômicas da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, “isso favoreceu a economia brasileira como um todo”.

 

O programa, que esteve ativo entre maio de 2023 e março de 2024, renegociou dívidas de cerca de 15 milhões de pessoas. No total, 600 credores conseguiram receber seus pagamentos. O aporte do governo foi considerado relativamente baixo perto dos benefícios: gastou R$ 1,7 bilhão.

 

Marcos Barbosa Pinto acrescenta: “O programa foi um verdadeiro sucesso por ter diminuído o endividamento da população mais vulnerável do país e por ter reduzido o ritmo de crescimento da inadimplência como um todo”. Embora bastante efetivo, a previsão total era de conseguir ajudar mais de 32 milhões de pessoas.

 

Educação financeira é fundamental para não recair nas dívidas

 

O endividamento das famílias impacta diretamente a economia, e tirá-las dessa condição faz bem para o comércio, os serviços e a indústria como um todo, uma vez que de outra forma não voltariam a consumir bens, fora aqueles estritamente necessários para a sobrevivência. Por essa razão, uma vez que se livrem das dívidas, devem fazer esforços para aprender a lidar melhor com o dinheiro.

 

É muito importante fazer um controle estrito de tudo que entra como renda e sai como gasto. Através dessa análise, é possível saber para onde o dinheiro está indo, o que é supérfluo e o que não é. Desta forma, faz-se ajustes para que as contas caiam no orçamento. Através do controle financeiro, abre-se um horizonte para uma possível reserva de emergência, que pode servir até mesmo para realizar desejos pessoais, como viagens.

 

Controlar os impulsos de consumo, poupar parte do salário e até mesmo investir são maneiras de, uma vez revertida a situação do endividamento, desenvolver mais a educação financeira. Para tanto, algumas plataformas podem auxiliar neste objetivo de quitar dívidas, inclusive com descontos e condições únicas.

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