A Portonave registrou crescimento de 37% no primeiro trimestre do ano, em comparação com o mesmo período em 2015.
Em época de retração econômica, em que a maioria dos terminais portuários enfrenta queda na movimentação, a conquista de novos parceiros comerciais desde o segundo semestre de 2015 tem feito o terminal passar pela crise em mar de almirante.
De acordo com o balanço divulgado ontem pela empresa, a movimentação ultrapassou a marca dos 202 mil TEUs (medida que equivale a contêineres de 20 pés) e consolidou o porto como o líder em Santa Catarina – um dos maiores do país.
Desde agosto seis novas linhas internacionais e uma de cabotagem passaram a operar no terminal, com destaque para a exportação de carnes congeladas e madeira. Parte dessas linhas veio do Porto de Itajaí que, impactado pela engessada legislação dos portos públicos, perdeu competitividade no último ano.
Enquanto a margem de Itajaí aguarda decisões em Brasília para fazer novos investimentos, em Navegantes o porto dobrou a capacidade de armazenagem de contêineres e registrou novos recordes de produtividade, com uma média de
111,6 movimentos por hora.
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Diretor-superintendente da Portonave, Osmari de Castilho Ribas comemora os resultados acompanhando de perto o comportamento do mercado. Embora o mês de abril esteja dentro das expectativas do terminal, os próximos ainda são “uma incógnita”, na avaliação do executivo.
A crise política tem obrigado a um planejamento estratégico de curto prazo, acompanhando o posicionamento do trade portuário. Enquanto isso, nos bastidores, seguem as negociações de novas linhas.