Poucos pacientes buscam atendimento no Hospital Florianópolis neste domingo
Neste domingo (25), às 24h se encerra o trabalho da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) como administradora do Hospital Florianópolis, após a rescisão do contrato com o estado. O movimento de pacientes na unidade era fraco por volta das 16h.
Nesta fase de transição, a unidade apresentou falta de medicamentos e profissionais, o que fez com que muitos pacientes fossem encaminhados a outros hospitais.
“Em um dia como hoje, normalmente, a emergência estaria lotada, mas como o hospital está sem medicamentos, sem materiais, faltam toalhas para secar as mãos, copos para dar medicação e outros, a população procura outras unidades”, explicou a diretora de relações intersindicais do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado (SindSaúde) Edileuza Garcia Fortuna.
Funcionamento
Na noite de sexta (23), a SPDM recebeu a notificação da Secretaria de Estado da Saúde, que informava a rescisão unilateral. A secretaria disse que o rompimento tem como motivo o descumprimento do contrato por parte da empresa, mas não passou mais informações. No sábado (24), a SPDM começou a desocupar o hospital.
Funcionários chegaram a reclamar da retirada de documentos da unidade, mas neste domingo, vários profissionais afirmaram à NSC TV que o material levado do hospital não prejudica o funcionamento, já que são protocolos de atendimento que cada administração costuma elaborar para si.
“Percorri o hospital e os trabalhadores atuavam normalmente”, afirmou Edileuza.
Transição de gestão
A SPDM fazia a gestão do Hospital Florianópolis desde 2014. A Secretaria de Estado da Saúde informou que a nova gestora será o Instituto Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde (Ideas), a partir da próxima semana. A empresa já administra o Hospital Regional de Araranguá, no Sul.
Na própria sexta, os 600 funcionários do Hospital Florianópolis já começaram a receber o aviso prévio de demissão. O sindicato da categoria explicou que, como a unidade está em período de transição para uma nova administração, os trabalhadores precisam ser demitidos para serem recontratados pela nova gestão.
A secretaria prometeu aos funcionários que eles vão trabalhar por um tempo na nova gestão. Porém, por enquanto, o clima é de incertezas. “A gente não sabe nem como vai ser o plantão de hoje à noite, nem como vai ser o dia de amanhã, nem como vai ser segunda-feira”, disse um funcionário que não quis se identificar.