RIO — O prefeito Marcelo Crivella voltou atrás e decidiu nesta quarta-feira reconduzir pelo menos 51 ocupantes de cargos de direção das 17 empresas e fundações que integram a administração indireta do município. A decisão foi tomada porque, menos de duas semanas depois de o prefeito tomar posse, boa parte desses órgãos não teve seus diretores e presidentes escolhidos ou os novos gestores ainda estão se familiarizando com a rotina dos órgãos. No dia 1º de janeiro, quando tomou posse, Crivella exonerou todos esses assessores da administração indireta alegando que seria uma medida de austeridade para cortar custos.
No início da semana, Crivella já havia decidido reavaliar a exoneração de 1.500 ocupantes de cargos de confiança.
Segundo fontes da prefeitura, a decisão foi tomada porque a exoneração genérica instituída no dia 1º ameaçava paralisar órgãos como a Comlurb, CET-Rio, Riotur, Iplan Rio e Previ-Rio porque os funcionários afastados eram os chamados ordenadores de despesas. Eles autorizam pagamentos de fornecedores e até da folha de pagamento. O secretário da Casa Civil, Aiton Cardoso da Silva, não tinha nesta quarta-feira dados consolidados sobre o total de assessores renomeados e o impacto na folha.
Na avaliação de servidores veteranos da prefeitura, a origem do problema estaria na curta fase de transição entre a antiga e a atual administração. Apesar de o prefeito ter sido eleito no dia 30 de outubro, a equipe escolhida por Crivella para se familiarizar com a prefeitura só começou a trabalhar no dia 21 de novembro. Ontem, 13 cargos do primeiro escalão ainda não tinham seus titulares escolhidos.