Projeto “E se eu fosse você?” é semifinalista de Concurso Nacional de Educação
O projeto “E se eu fosse você?” desenvolvido pelas professoras Suelen Albini da Silva e Sandra Runke Santos, no Núcleo de Educação Infantil (NEI) Odácia Tereza Damázio, de Balneário Camboriú, foi selecionado em primeiro lugar em mais uma etapa do Prêmio Ana Moreira de Educação Transformadora. A fase semifinal do concurso selecionou os 11 primeiros projetos mais votados no site do Concate que promoverá um Seminário Estadual nos dias 18 e 19 de novembro, em Itajaí.
O projeto é desenvolvido na turma do maternal II B, crianças que têm 03 e 04 anos de idade, que aprendem a importância da inclusão por meio de diversas atividades lúdicas e de vivências com reconhecimento das diversidades e valorização das diferenças.
De acordo com a supervisora do NEI Valéria Rosa, essa colocação é fruto não apenas das professoras que criaram o projeto e do próprio Núcleo, mas também de toda a rede de ensino que percebeu o sentido desta ação e se engajou, por meio de votação no site na etapa anterior. “Este projeto não é somente nosso, pois leva o nome do Balneário Camboriú. Um projeto que não ficará no papel, os resultados já estão aparecendo. As crianças estão se conscientizando e ainda levam os ensinamentos para casa. Os próprios pais nos relatam isso”, falou orgulhosa a supervisora.
Nessa etapa do concurso uma banca avaliadora selecionará apenas cinco projetos que serão apresentados no Seminário. Serão analisados e pontuados critérios como inovação, impacto social, interdisciplinariedade, envolvimento dos alunos, pais e comunidade e organicidade. Os outros seis projetos também terão a chance de apresentar os trabalhos e serem avaliados no dia da premiação no Seminário, desde que levem a melhor torcida.
Sobre o Projeto
Desde o ano passado, os alunos estão participando de diversas atividades, que fazem com que eles se coloquem no lugar do próximo e aprendam sobre as diferenças. As professoras confeccionaram fantoches com deficiências como cadeiras de rodas e muletas, personagens negros e brancos entre outros para mostrar aos baixinhos as diferenças existentes entre as pessoas e a importância de respeitá-las. Em rodas de conversa as crianças apreendem sobre acessibilidade como rampa nas calçadas, assentos reservados em transportes, lugares públicos e privados entre outros assuntos ligados ao tema. Fizeram também atividades fora da sala de aula, em que ajudaram a guiar as professoras que estavam com vendas nos olhos. Tudo para ensinar as crianças a compreender como é viver com algum tipo de deficiência.
A iniciativa partiu da necessidade de intervenção devido algumas situações identificadas em sala de aula e por meio de conversas com as crianças e familiares sobre o respeito ao próximo. “Fizemos questão que a família participasse de todo esse processo de aprendizado. Quando pensamos em abordar este assunto com a turma pensamos em ir além de falar somente sobre as diferenças. Desafiamos as crianças a se colocarem no lugar do outro e compreender que as diferenças são exatamente o que as tornam únicas”, falou a professora Sandra Runke Santos.
Para a professora Suelen Albini da Silva ensinar as crianças a respeitar o próximo e as diferenças pode fazer a diferença no futuro. “Sonhamos que nossas crianças sejam cidadãos conscientes no futuro. Sejam pessoas e profissionais que pensem e se coloquem no lugar do outro. Não empreguem pessoas deficientes apenas para preencher cotas por exemplo, mas que eles tenham o prazer de receber essas pessoas. Não vamos precisar falar de inclusão se houver respeito”, pontuou a educadora.
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Informações Adicionais:
Secretaria de Educação
NEI Odácia Tereza Damázio
(47) 3264-9733