Servidoras correm risco por falta de segurança na Casa de Apoio de Itajaí

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Servidoras correm risco por falta de segurança na Casa de Apoio de Itajaí

Quatro mulheres sozinhas em uma casa sem nenhum tipo de segurança, cercadas por mais de 30 homens, a maioria com dependência em álcool ou drogas. Essa situação perigosa e preocupante é a rotina de servidoras que trabalham na Casa de Apoio de Itajaí, que atualmente atua fora dos padrões preconizados pelo Conselho Nacional de Assistência Social.

“Quase a totalidade das pessoas recolhidas nas ruas têm problemas com dependência química, superlotar uma casa sem oferecer nenhum tipo de segurança às servidoras que lá estão é pedir para que o pior aconteça”, afirma o vereador Robison Coelho (PSDB), que esteve no local e já solicitou ao Executivo o reforço imediato da segurança.

Em contato com a secretária da pasta de Desenvolvimento Social, Neusa Girardi, o parlamentar foi informado que o problema é de conhecimento da prefeitura, mas não foi solucionado até agora.

Hoje trabalham na Casa de Apoio, na rua São Vicente, cerca de quatro homens e 10 mulheres. Na maior parte do tempo as mulheres ficam sozinhas com as pessoas acolhidas. De acordo com as diretrizes do Conselho Nacional de Assistência Social, a Casa de Apoio funciona como acolhimento às pessoas em situação de rua por até três meses e não como ponto de recepção para almoço e banho, como ocorre hoje.  Esse serviço pontual, de média complexidade, deveria ser oferecido pelo Centro Pop, que está desativado.

Um pacto firmado entre Conselho Nacional de Assistência Social e a prefeitura em 2009 prevê que o limite máximo é de 20 pessoas acolhidas. O mesmo limite está estabelecido no Regimento Interno da Casa de Apoio, aprovado pelo Conselho. Porém, hoje a Casa acolhe mais de 30 pessoas e, nos horários de refeição, chega a receber mais de 50.

“O governo está focando em tirar essas pessoas da rua para que a comunidade não as veja, mas não tem o foco de ressocialização, o que fazem é maquiar o problema e não resolvê-lo”, afirma o parlamentar.

As solicitações por adequações e, principalmente, na segurança do local já foram protocoladas na Câmara de Vereadores.

 

Mais informações:

Vereador Robison Coelho (47) 9.9911-4811

Ascom Adelaine Zandonai (47) 9.98407-9731