A classe é eterna e o metal é para sempre. A estrada para a glória na música pesada é literalmente feita dos corpos daqueles que não tiveram força para completar a jornada. Mas verdadeiros mestres sempre vencem obstáculos e o Sepultura há muito tempo ganhou seu status como lenda no mundo do metal. Em 2017, a banda vem com mais poder de fogo do que nunca. “Machine Messiah” está chegando…
Formada em Belo Horizonte, em 1984, o Sepultura passou a ser uma das principais figuras no cenário underground que florescia para o thrash metal. Com sonoridade inventiva e exuberante e ao mesmo tempo crua e primitiva, a banda rompeu preconceitos ao fixar a América do Sul no mapa do metal assim como ajudou a dar forma para algo novo e brutal no heavy metal desde seus primeiros álbuns, “Morbid Visions”, “Schizophrenia” e “Beneath The Remains”. Obstinados a viajar para qualquer parte, o Sepultura construiu com firmeza uma das bases de fãs mais dedicada do planeta e, enquanto na década de 1990 muitas bandas tentavam se firmar criativa e comercialmente, os brasileiros conseguiram isso de ponta a ponta: em 1993, com “Chaos AD”, e em 1996, com “Roots”, clássicos instantâneos que provaram desde o lançamento serem extremamente influentes sobre várias gerações de músicos do metal.
A saída de Max Cavalera, frontman e membro fundador da banda em 1997, poderia ter descarrilado um grupo menos focado, mas mais tarde, naquele mesmo ano, a convocação do vocalista Derrick Green se provou um golpe de mestre. As duas últimas décadas assistiram o Sepultura evoluir, diversificar e prosperar com o lançamento de uma sucessão de registros devastadores que adicionaram muita profundidade à ilustre biografia da banda. Da indiscriminada euforia causada pelo primeiro registro de Green no grupo, “Against” (1998), à “Roorback” (2003), para o brilhante e com riffs que guiam ao futurismo, “Kairos” (2011) e o extremamente aclamado “The Mediator Between Head And Hands Must Be The Heart” (2013), produzido por Ross Robinson, o progresso do Sepultura tem sido perpetuado com sua integridade artística impecável.
Cada vez mais reverenciada como uma banda ao vivo, destruidora e estimulante, o grupo formado por Derrick Green (vocal), Andreas Kisser (guitarra), Paulo Jr. (baixo) e Eloy Casagrande (bateria) celebrou recentemente os 30 anos de existência do Sepultura com uma implacável turnê mundial que confirmou sem dúvida que os brasileiros estão na melhor forma de suas vidas.
Avançando para 2017, o Sepultura está pronto para lançar um álbum que promete mais uma vez reafirmar seu status de porta-estandarte da música pesada. Com a gravação comandada pelo renomado produtor Jens Bogren (Opeth/Kreator/Ihsahn/Paradise Lost), “Machine Messiah” não é apenas o 14º disco de estúdio do Sepultura – uma proeza notável por si só – mas é também o mais completo e envolvente álbum que a banda fez na era Derrick Green. Com horizonte musical amplo mas sempre firmemente enraizado no espírito do heavy metal, é claro que se trata de um álbum que a banda preparou com grande amor, paixão e determinação.
“Trabalhamos muito no Brasil fazendo o máximo que podíamos na pré‐produção para deixar tudo o mais completo possível”, explica Andreas Kisser. “Então, quando o produtor chegou, ele deu sugestões e ideias e nós refinamos as músicas e por último gravamos tudo. Jens foi um reforço incrível ao projeto. Ele é um grande produtor, muito atento aos detalhes. Estou muito feliz com a sonoridade – Jens também mixou o disco, na Suécia. O tempo que passamos por lá (Suécia) foi extraordinário. Estamos muito ansiosos com o novo álbum e mal podemos esperar o lançamento!”.
Alternando entre a majestosa ameaça em lenta combustão da faixa título à fúria total do thrash metal clássico em “Iam The Enemy” para a revolta esotérico-percussiva de “Phantom Self” e o monstruoso gigante dark metal de “Sworn Oath”, “Machine Messiah” atinge um equilíbrio requintado. Um álbum com músicas meticulosamente elaboradas e com momentos individuais de cair o queixo, o disco atinge um revigorante crescendo em “Cyber God”, com um dos melhores solos de Kisser, com elevações e descendências. Uma grande conquista e esforço de uma equipe de boa fé, “Machine Messiah” pode ser o melhor álbum que o Sepultura já fez.
“Há muitos elementos novos nesse disco e isso é algo que sempre fazemos”, diz Kisser. “Sempre colocamos 100% de energia e paixão. Falamos muito sobre tudo, especialmente quando chega a parte das letras e encontrar o melhor caminho para expressar o que queremos dizer. Derrick fez seu melhor trabalho nesse álbum. Sua voz soa fantástica e ele pode realmente cantar! Ele realmente assumiu a parte lírica dessa vez. Todo mundo foi extremamente profissional. Paulo trabalhou em seus arranjos de baixo em casa sozinho, o que ele nunca fez antes! É o que a gente precisa no Sepultura. Acho que esse é um dos nossos melhores álbuns por que é o esforço de uma banda real”.
Munido com seu melhor álbum em décadas e inquieto para voltar para a estrada e compartilhar sua nova música, Sepultura nunca esteve em um estado tão confiante e satisfeito.
Machine Messiah emerge em um mundo conturbado, mas conteúdos extraordinários estão garantidos para levantar o espírito e a lealdade de qualquer metalhead. Esse é o metal com coração gigante, a cabeça cheia de inspiração e um pé fincado diretamente no acelerador. O messias está chegando.Louvado seja!
“É um privilégio estar em uma banda como o Sepultura, com 32 anos em atividade, e estes são possivelmente os melhores dias de todos para nós”, diz Kisser.“Demoramos um pouco para reconstruir as coisas e encontrar as pessoas certas para trabalhar com a gente,mas estamos em um bom lugar agora e realmente muito ansiosos sobre 2017. Eu amo excursionar, cara! Mal podemos esperar para sair pór ai. O palco é onde o tempo para e você perde a conexão com a realidade, vai para outro lugar e tem a troca de energia com o público. Isso é vida – pura vida”.
Tracklist:
1. Machine Messiah
2. I Am The Enemy
3. Phantom Self
4. Alethea
5. Iceberg Dances
6. Sworn Oath
7. Resistant Parasites
8. Silent Violence
9. Vandals Nest
10. Cyber God