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Um dos setores que mais geram empregos em Santa Catarina é o tecnológico

Um dos setores que mais geram empregos em Santa Catarina é o tecnológico

Projeto pretende tornar o Estado conhecido como um polo tecnológico e não só as cidades de Florianópolis, Blumenau e Joinville

Um setor que emprega quase 50 mil pessoas em cerca de 3 mil empresas, de todos os tamanhos, e soma um faturamento estimado de R$ 11,4 bilhões, representando cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB), merece um tratamento diferenciado. O setor tecnológico tem transformado o perfil de Santa Catarina, de um estado de indústrias, para a produção de tecnologia, abrangendo todos os segmentos que precisam dessa nova indústria que não polui e gera empregos. Os dados são de 2015 e constam na pesquisa Acate Tech Report, divulgada pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate), em parceria com a Neoway.  Com base nesses dados e com o objetivo de fazer algo diferente, o empresário Jorge Cenci, um dos fundadores da Senior Sistemas, que acaba de completar 30 anos e está entre as maiores do seu segmento, decidiu apresentar um projeto de alavancagem do setor para as entidades e lideranças.

Durante os últimos 30 anos, o empresário se dedicou integralmente ao crescimento da empresa. No entanto, agora está afastado das suas funções e pretende dar sequência a esse projeto. “O avanço da tecnologia é uma realidade. E temos que não só incentivar as empresas que fazem parte deste segmento, como investir na educação de jovens para trabalharem com tecnologia. Enquanto o país registra crescimento do desemprego, o setor tecnológico em Santa Catarina tem mais de mil vagas abertas”, afirma.

Com a indústria 4.0 não tem mais como não falar do setor tecnológico. Com a presença da automação e novas ferramentas tecnológicas em todos os segmentos, torna-se necessário investir em políticas de incentivo. “Estou delineando um projeto que envolva governo, empresas e entidades, com o objetivo de tornarmos Santa Catarina um Estado reconhecido pela tecnologia que produz aqui, assim como é no Vale do Silício. Temos diversas empresas de todos os segmentos atuando no Estado, com mentes incríveis trabalhando no futuro. É necessário vendermos essa bandeira para o restante do País”, avalia. Assim como já foi feito em outras épocas, com incentivo a indústria têxtil no Vale do Itajaí e turismo no Estado, agora, de acordo com o empresário, é a vez da tecnologia.

Atualmente, segundo o estudo da Acate, 37% das empresas de tecnologia estão concentradas em Florianópolis, 28% no Vale do Itajaí e 19% no Norte catarinense. Na comparação com outros 12 polos nacionais, a capital catarinense é considerada o terceiro maior do Brasil, perdendo em faturamento apenas para Campinas (SP) e Rio de Janeiro.

O projeto, que ainda está sendo formatado, contempla incentivo a novos empreendedores, por meio de programas de capacitação, aceleradoras, incubadoras e uma rede de investidores anjos e fundos de capital de risco para quem pensa em criar a sua própria startup. “Muitas empresas atuais já são resultados de incubadoras, mas é necessário ampliar o incentivo às empresas tecnológicas para outras cidades de Santa Catarina. Estamos muito concentrados em Florianópolis, Blumenau e Joinville”, enfatiza.

De acordo com Cenci, o setor tecnológico é o único com capacidade para a geração de empregos na velocidade que é necessária para reduzir o número de pessoas desempregadas. Segundo o IBGE, no Brasil já somam 13,7 milhões de desempregados e a taxa vem aumentado mês a mês. Santa Catarina é um dos Estados com a menor taxa de desempregados. De acordo com a Pesquisa Nacional de Domicílios Contínua (PNAD), os catarinenses desempregados somam cerca de 250 mil pessoas. “E o número, ao contrário do País, não vem crescendo. Isso é prova de que o setor digital é um fomentador de empregos”, afirma Cenci.

De acordo com pesquisas, há empregos sobrando na área tecnológica. “Então qual o segredo para transformar os catarinenses desempregados em empregados em empresas desse setor? Um plano de incentivo a empresas tecnológicas e investimento em educação. É necessário preparar, principalmente, os jovens para essa nova realidade.”

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