Monitoramento realizado pelo Sinduscon da Foz do Rio Itajaí mostra os avanços na valorização do metro quadrado na região
O mercado imobiliário de Balneário Piçarras e Penha vive um momento de grande ascensão. Conforme dados da pesquisa da Brian Inteligência Estratégica, encomendada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil da Foz do Rio Itajaí (Sinduscon), as duas cidades registraram um crescimento exponencial nas vendas no primeiro semestre de 2024, em consonância com as expectativas do setor.
Os dados revelam uma valorização significativa do metro quadrado na região. Em Balneário Piçarras, segundo a pesquisa, o preço médio do metro quadrado já ultrapassa R$ 13.273, posicionando a cidade em um patamar similar às três capitais do Sul. A variação dos preços é considerável, com valores que vão de R$ 10.980 para apartamentos de dois dormitórios a R$ 18.250 para unidades de quatro dormitórios.
Em Penha, o cenário positivo é semelhante, com um metro quadrado que varia entre R$ 11.065 e R$ 17.588, dependendo da tipologia do imóvel. Essa valorização indica uma forte demanda por imóveis nas duas cidades, impulsionada por diversos fatores como a localização privilegiada, o desenvolvimento econômico e a busca por uma melhor qualidade de vida.
Somente em Balneário Piçarras, o Valor Geral de Vendas (VGV) no primeiro semestre já ultrapassou a marca de R$ 1,1 bilhão, um resultado inédito para a cidade, que também apresentou crescimento no ticket médio dos imóveis, demonstrando uma maior procura por apartamentos de alto padrão. Penha também vem apresentando bons resultados no setor. Com um VGV de R$ 572,3 milhões no semestre, a cidade também registrou um crescimento expressivo nas vendas, impulsionado, principalmente, pela procura por imóveis de segunda moradia.
Com a manutenção do ritmo atual de vendas, a oferta de imóveis verticais em Penha e Balneário Piçarras pode se esgotar rapidamente, segundo aponta o estudo. Estima-se que, em Penha, os estoques disponíveis sejam suficientes para atender à demanda por apenas dois meses. Já em Balneário Piçarras, a projeção é um pouco mais otimista, com um estoque que poderia ser absorvido em um prazo de 6 a 7 meses. “No entanto, considerando a alta procura e a constante valorização dos imóveis nessas regiões, é provável que esse prazo seja ainda menor, caso a demanda continue crescendo no mesmo ritmo”, destaca Guilherme Werner, sócio consultor da Brain.
O olhar do especialista
James José Ramos, vice-presidente do Sinducon para as regiões de Balneário Piçarras e Penha, destaca a importância de analisar os dados da pesquisa. “Como as incorporadoras atuam nas duas cidades, para que invistam simultaneamente em ambos os mercados, é fundamental que a equipe de vendas demonstre capacidade de absorver o volume projetado”, avalia James. O especialista ressalta ainda a necessidade de manter um equilíbrio entre oferta e demanda para garantir a sustentabilidade do mercado.