Canal do piauense mistura amadorismo com paródias e só fica atrás do Porta dos Fundos: “Meu diferencial é autenticidade”
Ao lado de Jout Jout e Ana Maria Brogui, Whindersson Nunes estampa as novas propagandas do YouTube em todo o país, lançadas mês passado. O nome pouco comum chamou a atenção de quem não o conhecia fora das redes sociais. No mundo virtual, mais de 9 milhões de pessoas assinam seu canal. “Encontrei um espaço que pensava que jamais encontraria, uma liberdade de expressão e uma forma de contato com meus fãs”, disse ao iG.
O jovem de 21 anos publica vídeos na plataforma online há algum tempo, mas o sucesso só veio três anos atrás, com a paródia “Vó, tô reprovado”, da música de Israel Novaes. Whindersson garantiu sua popularidade ao se tornar o segundo maior canal brasileiro do YouTube, ultrapassando a Kéfera e ficando atrás somente do Porta dos Fundos.
Ele credita o sucesso aos fãs. “Meu público é bem diversificado, vai de criancinhas a pessoas com mais de 60 anos e está em todo o Brasil”. Mas a originalidade do rapaz também merece destaque. Em seu canal, além de vídeos no estilo vlog e paródias, reviews de filmes, parcerias com outros youtubers e imitações também são publicados. “Meu diferencial é a autenticidade e a simplicidade. Eu falo sempre o que chama a atenção das pessoas, só que com o meu olhar”, refletiu.
Mas seu estilo lhe rendeu atenções indesejadas recentemente. Após a repercussão do estupro coletivo da jovem no Rio de Janeiro, um tweet de 2014 do youtuber foi resgatado. “Estupro é uma palavra muito forte, prefiro chamar de sexo surpresa”, escreveu na época.
Para esta entrevista, a assessoria do jovem disse que ele não iria mais comentar o assunto, mas nas redes sociais ele tentou se justificar: “Minha mentalidade era outra, tinha uma mentalidade totalmente infantil. E me arrependo, porque eu tenho irmã, tenho mãe, e tenho medo, medo de acontecer com as pessoas que amo”.
Fama
“Qual é a senha do wifi?” é seu vídeo mais famoso, chegando a 30 milhões de visualizações. A paródia da música “Hello”, de Adele, mostra exatamente os dois extremos dos vídeos de Whidersson, o amadorismo e a criatividade. “Sai tudinho da minha cabeça, ninguém me ajuda a criar nada. [Conto] somente com pessoas para operar as câmeras, [mas] os roteiros e as ideias são todos meus”.
Whindersson conta que tem sua boa relalção com os fãs. “Escuto várias loucuras, daqueles que viajam quilômetros para assistir meu show, que dormem na fila, que descobrem o hotel em que eu me hospedo. Mas uma vez três meninos invadiram o camarim antes da minha equipe chegar e ficaram escondidos só para conseguirem me ver de perto”.
Assista à paródia de “Hello”, de Adele: